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Quando nos testam ao Limite?!

Atualizado: há 5 dias

Quando os filhos nos levam ao limite, o que pensar e como responder a comportamentos Desafiantes / Opositores?!


“Há um mundo a ser descoberto dentro de cada criança e cada jovem. Só não consegue descobri-lo quem está encarcerado dentro do seu próprio mundo.”

Augusto Cury


menina

Muitos pais procuram a consulta quando já não conseguem, de forma equilibrada e calma, lidar com os comportamentos de oposição e desafio dos filhos.

Trata-se de um comportamento típico de algumas crianças mais pequenas, que poderá surgir também na adolescência, em moldes diferentes.

Nestas duas fases em concreto, a atitude desafiadora manifesta-se em discussões com os adultos (pais ou professores), ou em recusar-se a fazer algo que lhe é pedido para fazer (ou fazê-lo muito devagar).

Nesta situação a criança está a tentar exercer o controlo sobre uma determinada situação ou a declarar a sua independência e a testar limites.

Muitas das vezes os pais interpretam estes comportamentos como um ir contra a vontade dos pais, o faltar ao respeito, o manifestar agressividade.


Entender o que está por detrás do comportamento da criança / jovem é importante! Muitas das vezes a chave para resolver o problema.

O que parece ser um comportamento desafiador, pode ser simplesmente uma situação tão importante para a criança que nada a consegue distrair do seu objetivo.

O foco é total, tão grande, que até as suas necessidades básicas (comer, dormir, ir à casa de banho) podem passar para segundo plano.


O que os Pais podem fazer?

💡Encontre a raiz do problema - observe as possíveis causas e o que pode desencadear estas reações. Encontra um padrão nos comportamentos do seu filho? Existem atividades específicas que o seu filho não gosta ou se recusa a fazer? Ou só fica assim quando sente os pais mais agitados e com pressa? As causas podem ser diversas, observar o que motiva o comportamento será sempre o primeiro passo em direção à solução;

💡Defina regras claras - certifique-se que as regras e as tarefas são comunicadas de forma clara e objetiva; Procure também que as tarefas sejam ajustadas para a idade e capacidade de autonomia da criança. No caso de crianças pequenas, será importante dividir a tarefa em mini-etapas para facilitar a compreensão.

💡Antecipe o mau comportamento - tente perceber o que vai gerar um comportamento desajustado encontrado soluções de compromisso; Ao perceber o que aciona o comportamento negativo ou desafiador, poderá encontrar uma estratégia de dissuasão. Por exemplo, que o seu filho lida mal com mudanças bruscas, tente dar-lhe um tempo extra para permitir essa transição, avisando-o que "daqui a 5 minutos vamos terminar o que estás a fazer para ir...".

💡Trate-o da mesma forma que gostaria se ser tratado - seja firme com o que a criança tem que fazer, mas fale-lhe de forma suave e compreensiva; todos teremos bons e maus dias, e a criança poderá ter dias em que o seu comportamento não corresponde ao que esperamos dela. Também isso acontece com os adultos. Cansada, doente ou frustrada a criança terá mais dificuldade em corresponder às nossas expetativas. Seja compreensivo e mostre por palavras o que a criança estará a sentir, por exemplo "Compreendo que queiras continuar a ver este filme, custa desligar sem ver o fim. Podemos gravar o resto e ver amanhã, enquanto ...".

💡Aproveite as suas competências verbais - quando tiver que lidar com um mau comportamento (desobediência ou desafio) conversem sobre os desejos e expetativas de cada um e tentem encontrar uma solução de compromisso;

💡Regras inegociáveis! Assegure-se que o seu filho sabe exatamente o que pode e não pode fazer. Atenção pois teremos que dar o exemplo. Faltar ao respeito a um adulto é inaceitável e, deve ser censurável, por isso, torne isso claro e avise-o das consequências caso essa regra seja quebrada! Não fique pelas ameaças, se a regra é quebrada as consequências terão que ser assumidas.

Para mais estratégias temos no Sôma&Ser uma equipa de profissionais que o poderão apoiar nesta fase de crise.

Ana Paulico

Ana Paulico

(Especialista em Psicologia Clínica e da Saúde)





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